Blog Post

Por Psicóloga Janaina S. Paiva 30 mai., 2021
O conceito de família está ligado apenas as características genéticas (ter o mesmo tipo sanguíneo, aparência) e a árvore genealógica (é quando são identificados os integrantes da família, quem é filho de quem, ilustrando as gerações, também chamados de genograma). Hoje em dia o conceito de família é tudo isso, mas também não podemos deixar de considerar que a união familiar se dá pelo compartilhamento de valores. Por isso que muitas das vezes, consideramos como família pessoas que são bem próximas e queridas por nós, mesmo não tendo nenhum laço sanguíneo. Com o passar do tempo, foi necessário classificar os tipos de família pelo fato de ser possível formar núcleo familiares diversos. Vamos conhecer um pouco de cada tipo de família: • Família de origem – trata-se da típica família formada pelo pai e mãe que são os progenitores, e seus filhos que podem ter irmãos, e educam os seus próprios filhos. • Família extensa – é constituída pela família típica, pais e filhos, mas que também compartilham o ambiente com parentes formados pela sua família de origem que são os avós, primos e tios, por exemplo. • Família Nuclear – são as mesmas que fazem parte da família de origem, pais e filhos, que dividem o mesmo lar. Também pode haver casos que outros parentes próximos também vivam na mesma casa como os avós, por exemplo. Existem vários tipos de famílias nucleares: o Família nuclear simples – formada pelos pais e filhos (irmãos). o Família nuclear bi parental – formada por duas pessoas que dividem o mesmo lar, por exemplo, mãe e pai. o Família nuclear monoparental – são formadas pelo pai ou pela mãe que é o responsável pelos filhos. Seja pelo fato de ser solteiro, separação, falecimento do genitor. o Família Nuclear numerosa – onde os pais tem mais de três filhos, considerada uma família grande. • Família reconstituída – é quando há uma nova relação conjugal, por exemplo, quando um dos pais se casa de novo e esse novo membro da família passa a viver junto. • Família Homoparental – é quando o casal responsável pela criação dos filhos é homossexual (dois homens, ou duas mulheres). Estes casais buscam ampliar a família é comum buscarem o processo de adoção ou inseminação artificial. Já as famílias constituídas por pais transsexuais (pessoas que não se identificam como gênero atribuído ao nascimento) se enquadram neste tipo de família quando enquanto não houver a cirurgia de mudança de sexo, por exemplo um homem trans que engravida de um homem homossexual. • Família adotiva – é quando os responsáveis se tornam pais ou mães mesmo sem terem gerado este filho. Adotar é receber um indivíduo e se responsabilizar pela sua criação e educação oferecendo o necessário para a formação dessa pessoa. O benefício da adoção está claramente associado a oportunidade da criança ou adolescente de ter o amparo família necessário para um desenvolvimento saudável, e também beneficiam as pessoas que desejam constituir as suas famílias. No caso de famílias que acolhem outros membros, por exemplo, sobrinhos ou netos, é considerado adotivo quando todo o documento que dá direito a guarda desta criança é emitido. • Família anfitriã – a adoção é um processo no qual efetiva a criança a aquela família. Já na família anfitriã são famílias constituídas temporariamente. A diferença é a quantidade de tempo em que essa pessoa participa das atividades da família que o acolhe. Esta prática, com acompanhamento é claro, auxilia a suprir as necessidades básicas de desenvolvimento relacionadas ao ambiente família enquanto aguardam na fila da adoção. • Família sem filhos – casal de adultos que convivem no mesmo ambiente familiar. Pode ser constituída por casais heterossexuais ou homossexuais. A família é a responsável por garantir as necessidades básicas: alimentação, sono, higiene, e também pelo acolhimento e a troca de sentimentos genuínos como o amor. O relacionamento familiar é o primeiro contato que temos com as interações sociais e influencia diretamente no desenvolvimento da personalidade, inserção de valores morais, éticos e crenças a partir da cultura na qual essa está inserida. A relação familiar é fundamental para o processo de aprendizagem que, junto da escola e cuidados com a saúde, formam uma base sólida para o desenvolvimento psicológico saudável desde o nascimento. Qual é o tipo de família que você se identifica? #Família #Tiposdefamilias #Desenvolvimento #FiqueemCasa | #Eviteaglomeraçoes | #Laveasmaos | #Usemascara www.nucleoprosseguir.com.br #Psicologia | #Consultoria | #QualidadedeVida
Covid-19, Estresse, Pandemia
Por Psicóloga Janaina S. Paiva 15 mar., 2021
Dicas para lidar com o estresse em período de pandemia da Covid-19
Por Psicóloga Janaina S. Paiva 22 jun., 2018
Consumo de bebidas alcoólicas e suas consequências.
Por Psicóloga Janaina S. Paiva 09 jun., 2018
Conhecendo os traços da depressão
Por Psicóloga Janaina S. Paiva 05 jun., 2018
O desenvolvimento do sujeito se dá através da sua inter-relação com as outras pessoas, e o trabalho contribuiu bastante para o desenvolvimento deste papel social.
Por Psicólogo Airton Oliveira Silva 27 mai., 2018
Existem dois tipos de Transtorno Bipolar. Neste texto, selecionei textos que expliquem os Transtorno Bipolar I, Transtorno Bipolar II e Transtorno Bipolar Não Especificado.
Por Psicólogo Airton Oliveira Silva 01 mai., 2018
Problemas como ansiedades, distúrbios alimentares, dissociativos, hiperatividade, déficit de atenção e transtorno de personalidade bordeline, entre outros podem ser desencadeados diz estudo.
Por Psicóloga Janaina S. Paiva 22 abr., 2018
Cuidar do planeta é dever de todos, clique aqui e descubra porque existe o Dia da Terra.
Por Psicóloga Janaina S. Paiva 19 abr., 2018
Já que também acontecem bons resultados conversando com amigos, porque é importante conversar com o psicólogo? clique aqui e descubra!
Psicoterapia em Bertioga
Por Psicólogo Airton Oliveira Silva 12 abr., 2018
A psicoterapia é umas das vertentes que abrange a Psicologia, e tem como objetivo estudar o comportamento do indivíduo de forma ética. Por meio da psicoterapia será possível avaliar, diagnosticar e intervir nos comportamentos humanos contribuindo para a saúde mental.

Suicídio! não é querer chamar atenção.

SUICÍDIO NÃO É QUERER CHAMAR ATENÇÃO!

FATOS SOCIAIS DO SUICÍDIO


  Fatores religiosos, morais e culturais podem servir como bloqueios para identificar os comportamentos suicidas. O individuo com ideação suicida espera que seu sofrimento seja entendido pela sociedade, pelos amigos e familiares, quando não acontece o indivíduo se isola dentro de um sofrimento imensurável. O suicídio ainda é tratado com preconceito, é um Tabu falar deste assunto, mesmo abordando um conteúdo de grande importância, ou seja; a vida do indivíduo.

A Associação Brasileira de Psiquiatria em 2014 diz que os tabus existem, pela falta de conhecimento das pessoas sobre o assunto, e também dos profissionais de saúde, coloca-se em evidência o ideal de que o suicídio são casos específicos, não um evento frequente. Esse contraste gera uma barreira para gerar a promoção e a prevenção do suicídio, ressalta-se a falta de confiança dos indivíduos pré-dispostos e com ideação suicida para desvelar as suas angústias e sofrimento, por medo dos julgamentos e da pressão social.

  O Conselho Federal de Psicologia em 2013 e o Conselho Regional de Medicina com a Associação Brasileira de Psiquiatria em 2014 proferem que a quebra desses tabus são essenciais para a promoção de programas para a prevenção do suicídio. Fundamentalmente gerar a qualificação dos profissionais que trabalham com saúde, com a finalidade de acolher todos os tipos de sofrimentos, gerar a qualidade de vida dos indivíduos e de maneira alguma ter qualquer tipo de julgamentos.


COMPREENDA, DEPRESSÃO NÃO É FRESCURA.


  Os estudos da Associação Brasileira de Psiquiatria em 2014 entram de acordo com a ideia de do sociólogo Émile Durkheim de que as pessoas são levadas a sentirem vergonha, perante os erros e os preconceitos que são construídos e reproduzidos historicamente. Resultando-se na contribuição para as psicopatologias da saúde mental e para os comportamentos suicidógenos. Esse estigma revelam pessoas a se sentirem excluídas, sem o pertencimento a sociedade e discriminadas.

  O indivíduo com comportamento de ideação suicida é julgado e suas questões pessoais que causam sofrimento não são acolhidas pela sociedade.

  O suicídio ocasiona um sofrimento imensurável para a família que busca omitir a causa da morte e assim evitar os questionamentos e julgamentos sociais, dos quais se dão pela falta de entendimento do sofrimento do indivíduo com ideação suicida. A cultura predominante é que a morte é aceita por causas naturais, por doença, senilidade entre outros e quando a morte ocorre por suicídio, acontece a dor por aquela perda e se arrasta por anos e torna-se difícil a recolocação e organização da família, que busca compreender de onde o erro aconteceu.

  A omissão da causa do óbito não permite que órgãos competentes da área da Saúde tenham informações coerentes para a promoção de programas de prevenção do suicídio, sendo entendido este tipo de morte como um descaso a vida de quem sofre com ideação suicida (KISHI, 2015).

  Nos resultados da pesquisa de Botega em 2014 mostram que os dados da mortalidade do suicídio advêm de informações do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde através dos atestados de óbitos.


O SUICÍDIO EM NÚMEROS


  Os dados contidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) denotam que esses dados podem ter projeções maiores, pelo motivo das famílias pedirem para não registrar a real causa do óbito e que há um estima de 15,6% dos casos não foram registrados nos cartórios e os 13,7% das ocorrências em hospitais.

  Os fatos não são registrados como acontecem, prevalecendo o preconceito histórico, o que impede o levantamento de dados que comprovem a necessidade de cuidar do suicídio como um Problema de Saúde Pública o qual deve ser manifestado e divulgado em escolas, postos de saúde, asilos e em lugares onde os comportamentos de ideação suicida estejam com maior índice. Quebrando o preconceito e colocando este tema como preservação à vida. O preconceito não possibilita que a sociedade dê abertura ao sofrimento deste indivíduo com ideação suicida. O psicólogo também é um dos profissionais qualificados para atender individuo com ideações suicidas e seus familiares sem julgamentos, acolhendo a dor com respeito e empatia e poderá encaminhar este indivíduo para outros profissionais com a finalidade de preservar a vida do paciente (BOTEGA, 2014; CERQUEIRA, 2015, BRASIL, 2017).

  É importante avaliar o quanto o suicídio na sociedade adquire uma dinâmica velada e que mesmo os poucos países que têm alguma estratégia nacional para minimizar os impactos desse fenômeno, ainda assim, agem com pouca força e abrangência (ONUBR, 2016).

  As ações políticas do Brasil é o lançamento oficial da Agenda com as Ações Estratégicas para a vigilância e prevenção do suicídio e promoção da saúde no Brasil em 2017 e com prospecção para 2020; o acordo técnico ampliado com ao Centro de Valorização da Vida (CVV); materiais informativos e didáticos direcionados aos profissionais da saúde, profissionais da mídia e população em geral; abrir para discussão permanente com Grupo de Trabalho que envolve as Secretarias de Vigilância, a Secretaria de Atenção à Saúde e a Secretaria de Saúde Indígena (BRASIL, 2017).

  Outra situação que indica esse querer “esconder” da sociedade é o fato que a cada ano, registra-se praticamente um milhão de pessoas cometem suicídio no mundo, no entanto existem os casos de suicídio que tem seus registros falseados, entram na categoria de morte não intencional, além das tentativas de se matar que não são registradas adequadamente. Com isso fica constatado que os suicídios registrados demonstram um número alarmante, quando na realidade o índice é ainda maior (FUKUMITSU, 2014; CERQUEIRA, 2015).

  Uma das discussões para que isso aconteça é porque o suicídio ainda é um tema estigmatizado em que as pessoas tentam responder os motivos e tecem comentários como: é um ato de desespero, um erro, ato de coragem ou um ato de fraqueza, sem a compreensão da tamanha dor existencial. Quando a tentativa do ato não se consuma o sobrevivente tem que lidar com diversos fatores: de alívio, culpa, arrependimento, choque, autoacusação, raiva, vergonha, rejeição, falta de sentido na vida, entre outros (FUKUMITSU, 2014; CERQUEIRA, 2015).

  Vale destacar que na Cartilha do Governo Federal, Suicídio: Saber, agir e prevenir foi acrescentado de forma inédita orientações para jornalistas, porque a forma como suicídio é divulgado pode levar a outros casos. Nesse documento está orientado evitar noticiar em primeira página; publicar fotos; palavra suicídio no título; divulgar o método utilizado, o lugar, bilhetes suicidadas, apresentar causas únicas, não falar em tentativa “bem-sucedida” ou em “êxito”. E sempre informar telefones úteis, locais para buscar ajuda os sinais de alerta, utilizar linguagem adequada “morto por suicídio, ou suicídio” (BRASIL, 2017).

  Existem fatores importantes, de risco e de proteção que devem ser considerados e conhecê-los pode auxiliar na prevenção (CERQUEIRA, 2015).


FATORES DE RISCOS PARA O SUICÍDIO


  Os fatores de risco mais frequentes são: Transtornos mentais: depressão, borderline , situações decorrentes de uso de substâncias psicoativas, transtorno de personalidade, esquizofrenia, transtornos de ansiedade. Fatores sociodemográficos: Sexo masculino, faixas etárias entre 15 e 29 e acima de 75 anos, desempregados, solteiros ou separados e migrantes. Fatores psicológicos: perdas recentes, perdas de pessoas importantes na infância, família conturbada, datas importantes, impulsividade, agressividade e humor oscilante. E por último, Doenças: doenças incapacitantes, dor crônica, lesões desfigurantes, epilepsia, trauma medular, neoplasias malignas, AIDS (CERQUEIRA, 2015; BRASIL, 2017).

  Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem alguns comportamentos que podem indicar ideações suicidas. São: Isolamento Social; Doença psiquiátrica; Alcoolismo; Ansiedade ou pânico; Depressão; Tentativa de suicídio anterior; sentimento de culpa; perda recente importante, morte, divórcio, separação; Histórico Familiar de suicídio; desejo súbito de concluir afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento; sentimentos de solidão, desesperança; Cartas de despedida; Doença física; Menção repetida de morte ou suicídio (OMS, 2017; OMS, 2017).


FATORES DE PROTEÇÃO CONTRA O SUICÍDIO


  Existem alguns fatores de proteção descritos pela Associação Brasileira de Psiquiatria (2014) A boa autoestima, bom laços sociais com família e amigos, religiosidade, motivo para viver, ausência de doença mental, estar empregado, ter crianças em casa, capacidade de adaptação positiva, capacidade de resolução de problemas. É importante destacar que esses fatores não devem ser utilizados para obscurecer ou desviar os fatores de risco.

  Ao saber dos fatores de risco e proteção é importante que o psicoterapeuta conheça manejos que contribuam na empatia para acolher o sofrimento humano, no intuito de ampliar a maneira de enfrentar o seu sofrer. A relação deve ter por primazia o cuidado e não a cura. Com isso o psicoterapeuta será um facilitador para que o paciente ressignifique sua dor existencial, que é íntima e indizível, e descubra novas perspectivas de enfrentamento (FUKUMITSU, 2014).

  O Psicólogo depara-se com um paciente que traz o suicídio como solução para sua vida é imprescindível que saiba que para prevenir o suicídio é necessário um trabalho em parceria com a família, psiquiatras, enfermeiros e qualquer outro profissional que seja necessário no envolvimento. Nem sempre tais aspectos são suficientes a ponto de assegurar que a pessoa pare de acreditar que sua morte seja mais atraente que a vida.

  Primeira fase: Perguntar e explorar. É nessa fase que o psicoterapeuta prestará atenção a sentimentos como “culpa, vergonha, medo, raiva, frustrações, amor não correspondido, desesperança, sensação de desamparo, solidão”.

  Na segunda fase é importante compreender, confirmar e acolher. A postura do psicoterapeuta deve ser calma e acolhedora, com uma escuta atenta e, se possível, envolver a família.

  A terceira fase é encaminhar e acompanhar. Encaminhar significa envolver o máximo de pessoas que possam contribuir para que não haja reincidência, como família e outros profissionais e no acompanhamento é levantar junto ao paciente as possibilidades, inclusive os fatores de proteção, e com isso encontrar sentido para sua existência.

  Nessa investigação será possível verificar que talvez a pessoa não deseje a morte, mas encontrar outra forma de viver e o psicoterapeuta ao colocar sua técnica à disposição direcionar essa habilidade para dispor de amor, ternura, acolhimento e compaixão por aquela pessoa que está à sua frente compartilhando de um intenso sofrimento existencial. Com isso é importante saber que essa disponibilidade do psicólogo não é garantia para salvar vidas, no entanto o cuidado pode proporcionar a sensação de alívio para a solidão existencial e acalente para o desespero (FUKUMITSU, 2014).

  Quem cuida não salva e nem abandona, acompanha. E estar junto com o semelhante é colocar-se a serviço para o bem cuidar (CERQUEIRA, 2015).

  Os pensamentos de ideações suicidas, são desesperanças, de quem sofre em silêncio, e a pessoa pensa que acabando com a própria vida irá solucionar seus problemas. Mas na verdade, quem quer cometer suicídio não quer acabar com a própria vida, mas quer acabar com a dor que está sentindo.


PRECISA DE AJUDA MAS NÃO TEM A QUEM RECORRER?


  A partir do dia 01 de Julho de 2018, o número do Centro de Valorização da Vida (CVV) , o número 188 , está disponível em todo o território nacional, inteiramente de graça .

  Não é preciso sentir vergonha de seus problemas. O Núcleo Prosseguir apoia o CVV e também oferece serviço psicológicos para quem precisa de ajuda.


Entre em contato: www.nucleoprosseguir.com.br/contato

CONTATE-NOS

Tem alguma dúvida? Estamos aqui para ajudar. Envie uma mensagem para nós e entraremos em contato. 

Contate-nos

Share by: